Foto: Wers Gravaluz, extraída do Facebook |
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Luiz Aguiar é um dos nomes associados ao período em que a Rádio Bandeirantes aposta no disco como forma de fazer frente à concorrência que a TV havia imposto ao rádio, a partir de meados da década de 1950.
Sobre esse período, o saudoso Walter Silva, que também já esteve em destaque no Interferência (ouça aqui), afirmou em entrevista ao Departamento de Multimeios do Centro Cultural São Paulo: “A Bandeirantes foi a primeira emissora a se preocupar com o rádio de estúdio, com criatividade. Os programas de disco traziam críticas, comentários, ligações telefônicas, reportagens. Era um rádio vivo, atraente, que prendia o ouvinte. Feito por gente inteligente. Sem apelações.”
Em outro depoimento, o então diretor artístico Henrique Lobo destacou outro ponto alto da programação musical da “mais popular emissora paulista”, o uso do telefone para interagir com o ouvinte: “havia tanto telefonema dentro da rádio que, no fim, nós tivemos que parar com isso. E eu já não estava mais na Bandeirantes quando houve uma ordem pra acabar, porque o sistema de comunicação, em SP, estava sendo prejudicado pelos telefones.”
Com o bordão “Oi turma!”, Luiz Aguiar abria todos os programas que conduzia. O comunicador, que atualmente mora em Ribeirão Preto, foi locutor esportivo e repórter de campo no “scratch do rádio”. Em 1964, Sérgio Galvão, que apresentava Os Brotos Comandam, vai para a Rádio Tupi. Aguiar passa no teste e o substitui, mantendo a atração no ar até 1970. Inicialmente, era o “lado B” da emissora, já que se propunha a tocar discos e entrevistar artistas de estilos musicais ainda incipientes: o rock e a jovem guarda. Logo, ganha destaque e se torna a referência dos fins de tarde com quadros diferenciados e criativos. Um deles trazia duas versões de uma mesma composição; o outro, um desafio entre o ouvinte e os discotecários da rádio. À época, Fausto Macedo era o chefe do setor e Nilton Miranda, o braço direito dele. Em Desafio à Discoteca, Luiz Aguiar dava um minuto para ambos colocarem no ar a música pedida pelo público, por telefone.
anúncio extraído do site Terceiro Tempo |
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