domingo, 15 de novembro de 2020

Interferência: a história do programa Alpha By Night, por Cesar Rosa

O comunicador Cesar Rosa foi um dos primeiros locutores da Cidade FM em São Paulo. Nos anos 80 inaugurou um estilo novo  de apresentador de FM fazendo parte da equipe da Rádio Cidade. Na Jovem Pan 2, fez sucesso como  apresentador do programa São Paulo by Night, entre 1985 e 87. No mesmo gênero de programas com músicas menos aceleradas apresentou depois o Alpha By Night, na Alpha FM, de São Paulo, onde ficou até 1989.

Em 25 de Maio de 1989, foi para Portugal comandar o Cidade By Night, que mesclava músicas românticas e que transmitiam saudade.

O tema de abertura do programa era uma versão do tema do Blade Runner. Segundo o site www.saudadecidade.com, músicas como "Bed of Roses", de Bon Jovi foi um dos clássicos do programa. A página mantida por portugueses cita ainda que o Cidade By Night gerou 2 edições em CD que vinham dentro de uma caixa de madeira.

Esta história em detalhes você confere com o próprio Cesar Rosa, que está se dedicando ao livro e podcast "Atenção, Silêncio no Ar", em que conta a história do rádio FM em São Paulo.

Além de Rosa, você vai acompanhar como a Eldorado FM entra em Alpha com a cantora Céu, autora da música Coreto (Alpha by Night) e ver a locutora Walkíria Brit, que está à frente do programa tradicional criado em 1987 na Alpha FM há mais de uma década.

Você pode escolher se quer entrar em sintonia com todos os detalhes dessa história no vídeo acima ou então no podcast Peças Raras, disponível no player abaixo ou neste link.

Capa do livro que gerou o podcast, em que Rosa conta histórias e estórias do rádio FM

A primeira turma da Cidade FM de São Paulo, em 1980 (acervo pessoal de Cesar Rosa)
Em pé: Cesar Rosa, Rony Magrini, Flávio Aschar e Paulinho Leite.
Agachados: Carlos Towsend, Bob Floriano, Tavinho Ceschi e Celso Giunti


sábado, 14 de novembro de 2020

Marcelo Adnet interfere em Estações de Rádio no antigo Comédia MTV


No filme Heleno, de 2012, que percorre da glória ao precoce fim do jogador Heleno de Freitas, Marcelo Adnet interpreta um narrador de futebol dos anos 40.

Alguns anos antes, Adnet também mostrava a facilidade para dar voz aos mais diferentes estilos de locutores em uma esquete do “Comédia MTV”.

O programa teve três temporadas e estreou em março de 2010. Em sua primeira equipe, conta, além de Adnet, com outros jovens humoristas que hoje são conhecidos do grande público: Dani Calabresa, Bento Ribeiro, Fábio Rabin, Rafael Queiroga, Guilherme Santana, Paulinho Serra, Tatá Werneck e Rodrigo Capella.

Sobre o Comédia MTV, Marcelo Adnet afirma que algumas das influências do programa foram o grupo inglês Monty Python e o programa TV Pirata, que ficou no ar entre 1988 e 1992, na Globo.

Reveja nesta edição do "Interferência", atualmente apresentado no canal "Guia dos Curiosos", no Youtube, dentro do "Olá, Curiosos!", uma parte do quadro “Estações de Rádio”, levado ao ar em abril de 2010, na antiga MTV.



 


sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Interferência: homenagem a José Silvério

Crédito: Lucas Seixas/UOL
Em 2006, o senado federal aprovou uma nova data para a comemoração do dia do radialista. 7 de novembro foi escolhido em homenagem ao nascimento de Ary Barroso.

Mais conhecido por suas composições, entre elas, Aquarela do Brasil, Tabuleiro da Baiana, Rancho Fundo... Ary Barroso também se destacou no rádio, em um tempo em que era preciso ser muito versátil.

O radialista, que nasceu em 1903, brilhou nos microfones, principalmente da Rádio Tupi do Rio de Janeiro, como apresentador de programas de calouros, animador de auditório e ainda como um dos pioneiros na arte de narrar futebol.

É tido como o inventor da vinheta da hora do gol, ao utilizar uma gaitinha em suas transmissões. Neste link, você encontra um radioteatro em que contamos essa históriaMas nesta edição vamos homenagear outro narrador esportivo, que tal qual Ary, também é de Minas Gerais, do signo de Escorpião e teve na Tupi do Rio de Janeiro o destaque para começar a ser conhecido em todo o Brasil.


José Silvério completa 75 anos de idade no próximo dia 11 de novembro. Por isso, colocamos na área esta homenagem (no vídeo acima) mais do que merecida ao, talvez, mais premiado narrador esportivo do rádio.

A primeira oportunidade para narrar um jogo de futebol aconteceu em 20 de julho de 1963, quando Silvério tinha 17 anos. “Os locutores da Rádio Cultura de Lavras, que pertencia ao Grupo Bandeirantes, estavam de férias e um amigo  indicou Silvério, dizendo que conhecia um garoto que irradiava futebol de botão.

Natural de Itumirim, pequena cidade localizada ao sul de Minas Gerais, que não tinha nem time de futebol, Silvério é uma das maiores estrelas da narração do país e dá continuidade ao estilo de outros dois grandes nomes dessa arte, Nicolau Tuma e Pedro Luiz. Velocidade e precisão lance a lance são as marcas do “pai do gol” que trabalhou em rádios como Itatiaia e Inconfidência, em Belo Horizonte,  Continental e Tupi, no Rio de Janeiro, onde trabalhou como corresponde para a Tupi de São Paulo, no início dos anos 1970. Em 77, é um dos que teve a oportunidade de narrar o gol de Basílio que tiraria o Corinthians de um jejum de títulos. Alguns meses antes, tinha sido escalado como titular da Jovem Pan, em São Paulo.

Depois da Pan, Silvério ficou 20 anos como títular absoluto da equipe da Rádio Bandeirantes, até se afastar no início deste ano.

Além de ser conhecido pelo poder de, muitas vezes, antever o gol, a emoção é outra marca que sempre valorizou, como conta nesta entrevista ao repórter Helvídio Mattos, em 1994, na TV Cultura.

Depois de ganhar mais de 20 vezes o Prêmio da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo, José Silvério hoje dá nome ao troféu Aceesp.

No início de setembro, ao participar de uma live da União dos Narradores e ser entrevistado por Marcelo do Ó, Carlos Fernando e Napoleão de Almeida, o pai do gol afirmou que um dos motivos pelos quais deixou a locução esportiva é o fato de ter cansado da opção das rádios de transmitir as partidas de futebol dos estúdios e não das cabines dos estádios.

Durante a carreira, Silvério narrou onze Copas do Mundo e três finais da seleção brasileira (duas vitórias, em 1994 e 2002, e uma derrota, em 1998).

 

Ouça também uma edição especial do podcast Peças Raras aqui ou no player abaixo:  

Prorrogação:

Acompanhe uma bela reportagem especial no site de Esportes do UOL:  https://www.uol.com.br/esporte/reportagens-especiais/entrevistao-jose-silverio-quase-morreu-narrando-e-revela-que-nao-gostou-de-trabalhar-com-faustao/#page4