Ary Barroso é conhecido no mundo todo
por sua música.
Mas em ano de Copa do Mundo o saudoso
mineiro de Ubá também costuma ser lembrado por ter sido o inventor dos efeitos
sonoros em transmissões esportivas.
Segundo o biógrafo Sérgio Cabral,
autor de No Tempo de Ary Barroso, certa vez o saudoso compositor de Aquarela do
Brasil, ao ouvir um jogo narrado por Gagliano Neto desligou o rádio certo de
que a partida havia terminado empatada em 2 a 2 entre América e Botafogo. No
dia seguinte, ao abrir o jornal, viu que tinha sido 3 a 2 para o Botafogo.
Naquele momento, Ary percebeu que às vezes não se ouvia o grito de gol. Naquele
tempo, não havia cabine de rádio nos estádios e o narrador ficava no meio da
torcida. Como, nos anos 1930, entre as muitas funções que exercia no rádio,
também narrava partidas de futebol, passa a buscar uma forma de marcar para o
ouvinte a hora do gol. É esta história que você conhece melhor no
Interferência, com Marcelo Duarte, Silvania Alves, Sérgio Miranda e Marcelo Abud no elenco. Ouça no player abaixo.
Se o player não estiver visível, clique aqui para ter acesso ao áudio.
Originalmente, a cena reconstituída nesse radioteatro foi ao ar no dia 1º de janeiro de 1950, inaugurando a programação especial para a Copa do Mundo daquele ano na Rádio Tupi, de Assis Chateaubriand.
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