quinta-feira, 9 de junho de 2011

Interferência 04 - Um Cantinho para Fiori

"Você é doente, louco, apaixonado, desvairado, fanático por futebol?" Então ouça - no player abaixo - o Cantinho da Saudade especial em homenagem ao "locutor da torcida brasileira" Fiori Giglioti.

A pesquisa e o texto são meus. A interpretação, de Milton Neves. A sonorização de Roger Palm.


Anúncio publicado em 1954 no jornal Folha da Noite


Leia mais:Aqui você tem acesso ao texto que foi radiofonizado nessa homenagem

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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Interferência 03 - Rádio Romance de José Medina

José Medina, ex-cineasta, fez história
no início da Rádio Bandeirantes
Todo primeiro sábado do mês, tem Interferência no "Você é Curioso?", da Rádio Bandeirantes. Na edição deste dia 04 de junho, em função da proximidade do Dia dos Namorados, o gênero destacado é o Rádio RomanceAcompanhe a reconstituição de um trecho de "Sonho ou Realidade?", radioteatro da década de 40, escrito por José Medina. No elenco, Walker Blaz, Marcelo Duarte, Silvânia Alves e Francisco Prado.

(Se preferir, clique aqui e ouça diretamente no Spotify)

Saiba mais:
Quando surge, em 1937, a Bandeirantes é considerada uma emissora de elite, especializada na então denominada “música fina”. Demora pouco, no entanto, para que uma nova programação a transforme na “mais popular emissora paulista”. Em 39, com Otávio Gabus Mendes na direção artística, o radioteatro entra em cena. A iniciativa é aplaudida pelo público, que passa a tanto se emocionar, quanto se divertir com todo e qualquer tema transmitido neste formato.

Na equipe de Gabus Mendes, destaca-se o ex-cineasta José Medina. Responsável por um dos primeiros filmes rodados em São Paulo, Fragmentos da Vida, Medina havia se desencantado com a Sétima Arte. Isto porque, após o laboratório dele se incendiar, perde todo o material cinematográfico que possuía.

Na Bandeirantes, José Medina assume o papel de Diretor de Broadcasting. Profissional incansável, é também autor de boa parte dos textos de radioteatro de grande audiência nos anos 40 e 50.

Humor, drama, auto-ajuda... durante 16 anos na emissora, Medina escreve de tudo... inclusive centenas de contos no melhor estilo “água com açúcar”. O radioteatro destinado a este gênero é denominado Rádio Romance; e apresenta dramatizações com meia hora de duração.
É o trecho de uma dessas histórias que você ouve na reconstituição do Interferência com os protagonistas Marcelo Duarte e Silvânia Alves.


Interferência 02 - Sistema RB 55


Todo primeiro sábado do mês, tem Interferência comigo no "Você é Curioso?". Neste dia 07 de maio, falamos sobre o RB-55.  O sistema recebe este nome porque RB passa a ser a abreviação de Rádio Bandeirantes e 55 foi o ano de implantação do novo modelo.

No player acima, você acompanha o quadro e, em seguida, a reconstituição do RB-55, com as participações de Marcelo Duarte, Silvânia Alves e Rafael Colombo.
(para baixar este áudio, clique com o botão da direita do seu mouse aqui)


Saiba mais sobre o Sistema RB- 55 aqui


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Interferência 01 - Patrulha Bandeirantes



Neste sábado, 02 de abril, estreou o quadro Interferência, no Você é Curioso?, da Rádio Bandeirantes. No primeiro sábado de cada mês, vou comandar a atração no programa de variedades da emissora que vai ao ar das 10 às 12 horas.

Confesso que interferir como colaborador de um dos programas que mais gosto (o outro é o Na Geral) na emissora que mais admiro é um dos maiores prêmios que já tive em minha carreira de comunicador.


Acompanhe aqui a 1ª edição do quadro e, em seguida, alguns comentários enviados pelos ouvintes.
(Se o player não estiver visível, clique aqui)

Na estreia, falamos sobre o programa pioneiro do gênero policial no rádio, o Patrulha Bandeirantes. Na sequência, os apresentadores Marcelo Duarte e Silvânia Alves contam com as participações mais que especiais de Salomão Ésper e Francisco Prado para reproduzir nos dias de hoje o formato de radioteatro do antigo programa.

Conheça mais:
Patrulha Bandeirantes. Defendendo a cidade contra com o crime. Não havia em São Paulo quem não conhecesse esse bordão. Entre 1955 e 1974, o programa se destina a dramatizar os crimes publicados pelos jornais no dia anterior.

Apresentado toda manhã, o radioteatro contava ainda com utilidade pública e com a ronda das delegacias no quadro “As Bronca e os Afano do Dia”. Durante boa parte de sua permanência no ar, o narrador titular foi Leonardo de Castro. No elenco, merecem destaque também Muíbo César Cury e Ronaldo Baptista.

Os sons de tiros, batidas de carros, gritos e de tudo o que dava clima às histórias radiofonizadas pelo Patrulha Bandeirantes permaneceram no ar até 1974. É curioso observar o sucesso do programa em uma fase em que o radioteatro já não era comum. As equipes estavam enxutas e os grandes elencos tinham perdido espaço para os disck-jóckeis. No campo policial, repórteres especializados se encarregam de narrar histórias de crimes. Na própria Bandeirantes, José Gil Avilé, o Beija-Flor, foi pioneiro no estilo.

Lançada e idealizada por Clodoaldo José, Patrulha Bandeirantes chegou a ter sua versão televisiva. No dia13 de maio de 1967 entra no ar a TV Bandeirantes. No anúncio publicado nos principais jornais, o texto ressalta que naquela segunda-feira, às 4 e meia da tarde, o início da “programação completa” incluía... o Clube dos Heróis, o primeiro capítulo de Os Miseráveis, Ary Toledo, Jericho, Patrulha Bandeirantes e Os Titulares da Notícia, outro grande jornalístico que teve origem na Rádio Bandeirantes (veja anúncio da Folha de São Paulo no início desta postagem).

Patrulha Bandeirantes surge em um período em que o rádio já sofria a concorrência da TV. Aos poucos, boa parte do elenco, da programação e da verba publicitária migram para o novo meio de comunicação.
O rádio busca saídas mais econômicas. O elenco de radioteatro se torna reduzido e passagens curiosas ganham espaço, como a contada por Salomão Ésper envolvendo Zezinho Cutulo.

Patrulha Bandeirantes marcou época e até hoje faz escola no rádio brasileiro. Entre os grandes nomes que escreveram para o programa, além de Clodoaldo José, destacam-se Luiz de Oliveira, Arapuã, Cardoso Silva, Hélio Rossi, Chico de Assis e Thalma de Oliveira.

OUÇA MAIS:
Acompanhe aqui uma história completa levada ao ar em dezembro de 1972 e reapresentada no programa Memória, do jornalista Milton Parron.


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